Toda marca, em algum momento, precisa evoluir. Seja por mudanças no mercado, na empresa ou no comportamento do consumidor, chega a hora de olhar para a identidade do negócio e se perguntar: “Será que minha marca ainda reflete quem somos e onde queremos chegar?”.
É nesse contexto que surge o rebranding – um processo estratégico que permite que empresas se adaptem, se reposicionem e se mantenham relevantes. Muito além de atualizar o logo ou as cores, o rebranding fortalece a conexão com o público, ajuda a acompanhar transformações do mercado e refletir uma nova fase da empresa.
Mas como saber se realmente é o momento certo para uma mudança? E como garantir que esse processo seja bem-sucedido, trazendo resultados positivos, sem perder a essência da marca?
É preciso avaliar os sinais certos, entender os riscos de adiar ou forçar uma mudança e, principalmente, planejar bem cada etapa para que o reposicionamento seja consistente e bem-sucedido. Se sua empresa está em dúvida sobre quando e como fazer um rebranding, este artigo é para você. Continue a leitura!
O rebranding representa um processo estratégico no qual uma empresa revisita sua identidade, seu posicionamento e sua comunicação para se alinhar melhor aos seus objetivos, à evolução do mercado e às necessidades do público.
Mudar o logo, atualizar cores, fontes e elementos visuais faz parte, mas não define, por si só, o que é um rebranding. Na prática, esse processo pode envolver desde ajustes na identidade visual até transformações mais profundas, como mudança de propósito, reposicionamento de mercado, revisão no tom de voz, na proposta de valor e até na experiência oferecida ao cliente.
É importante também diferenciar dois tipos de rebranding que costumam ser confundidos:
Casos famosos ajudam a entender esse conceito na prática. Um deles é o da Dunkin’ Donuts, que virou apenas Dunkin’, simplificando seu nome para reforçar seu foco em bebidas e conveniência, não apenas em donuts.
Outro exemplo é o do Facebook, que se transformou em Meta, sinalizando uma mudança estratégica para além das redes sociais, mirando no desenvolvimento do metaverso e tecnologias imersivas.
O rebranding, portanto, não é apenas sobre como sua marca se parece, mas sobre como ela se posiciona, se comunica e se conecta com o mundo atual.
Perceber o momento certo para fazer um rebranding é um dos passos mais importantes para garantir que essa transformação gere resultado positivo. Nem sempre a necessidade é óbvia e muitas empresas demoram para perceber que sua marca já não reflete mais quem elas são ou o que oferecem.
Alguns sinais são claros e servem como alerta de que é hora de repensar a identidade e o posicionamento da sua empresa:
Se a sua marca parece ultrapassada, tanto visualmente quanto na forma de se comunicar, isso pode impactar diretamente na percepção de valor. O público sente quando uma marca não acompanha as mudanças culturais, estéticas e tecnológicas, e isso gera desconexão.
Quando sua empresa muda, seja ao expandir o portfólio, atingir novos mercados ou até redefinir seu propósito, é natural que a identidade antiga não represente mais esse novo momento. O rebranding, nesse caso, se torna fundamental para alinhar quem sua empresa é para o público que deseja atrair.
Se a marca já não gera o mesmo engajamento, não é mais lembrada como antes ou parece não se conectar emocionalmente com o público, é um sinal claro de que algo precisa ser atualizado. E, muitas vezes, essa desconexão vem da identidade visual, do tom de voz ou de um posicionamento que não conversa mais com as expectativas do mercado.
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O rebranding é, portanto, uma resposta estratégica a essas mudanças. Ele não é sobre mudar por mudar, mas sim sobre garantir que sua marca continue relevante, competitiva e alinhada com seus objetivos e com as pessoas que você quer impactar.
Se, por um lado, fazer um rebranding no momento certo é uma oportunidade de fortalecer a marca, adiar demais essa decisão; ou pior, realizá-la sem planejamento, traz riscos como, por exemplo, o desgaste na percepção da marca.
Uma identidade desatualizada, desalinhada com o mercado ou com o público, enfraquece o posicionamento e pode fazer sua empresa parecer ultrapassada, pouco relevante ou até desconectada das expectativas dos consumidores. Nesse cenário, a consequência natural é a perda de competitividade, vendas e dificuldade em atrair novos clientes.
Além disso, adiar um rebranding pode abrir espaço para que concorrentes mais atualizados se destaquem, ocupando a posição que sua marca poderia estar.
Por outro lado, rebranding não é sinônimo de “mudar por mudar”. Se a marca ainda é bem percebida, tem força no mercado e está alinhada com seu público, uma mudança feita sem critério pode gerar desconexão e até rejeição.
Um exemplo recente é o da Jaguar, que passou por um rebranding em 2024, adotando uma identidade visual extremamente minimalista e abstrata. A mudança deixou de lado o tradicional emblema do felino saltando (símbolo de força, luxo e performance) para adotar apenas uma tipografia simplificada.
Apesar de seguir uma tendência de logos mais limpos e digitais, a decisão gerou críticas, especialmente de clientes e entusiastas que viam no símbolo uma representação forte dos valores da marca.
Para muitos, o novo visual perdeu parte do seu apelo emocional e do senso de tradição associado à Jaguar. O problema não foi apenas a mudança em si, mas a falta de uma narrativa concreta que explicasse claramente a transição e o novo posicionamento da marca.
Esse tipo de situação reforça que o rebranding não deve ser pensado apenas como estética, mas como um processo de comunicação, alinhamento estratégico e gestão da percepção do público.
Um rebranding bem-sucedido não acontece do dia para a noite e exige estratégia, pesquisa, alinhamento e, principalmente, clareza sobre o porquê da mudança. Mais do que uma questão estética, é um movimento que precisa refletir a essência da marca e dialogar com seus públicos de forma coerente.
Para realizar uma mudança que funciona, é preciso seguir alguns passos como:
O primeiro passo é entender como sua marca é percebida hoje. Isso envolve pesquisas com clientes, colaboradores, parceiros e até com o público que você deseja atrair. Escutar ativamente permite identificar quais atributos da marca devem ser mantidos, quais precisam ser atualizados e quais já não fazem mais sentido.
Observar movimentos de concorrentes, tendências do setor e mudanças no comportamento do consumidor é fundamental para posicionar sua marca de forma atualizada, sem perder a autenticidade.
Um rebranding não é apenas sobre mudar como sua marca parece, mas sim como ela se posiciona no mundo. Ter clareza sobre missão, visão, valores e proposta de valor é essencial para orientar todas as decisões, do design até a comunicação.
O rebranding não deve ser um projeto isolado de um time de marketing ou da diretoria. Envolver diferentes áreas da empresa, fornecedores, colaboradores e até clientes estratégicos ajuda a construir uma mudança mais consistente e com maior adesão.
Mais do que criar uma nova marca, é preciso pensar em como essa mudança será comunicada. Isso inclui preparar campanhas de lançamento, materiais de apresentação interna, atualizações em todos os pontos de contato (site, redes sociais, embalagens, documentos, espaços físicos) e, claro, explicar ao público o motivo da transformação.
Na prática, o rebranding é a tradução de uma estratégia muito mais profunda, e a identidade visual, o tom de voz e a narrativa são pilares que trabalham juntos para expressar essa transformação de forma consistente:
O visual é, sem dúvida, a face mais visível do rebranding. Mas não se trata apenas de estética: ele precisa comunicar o posicionamento, os valores e a proposta da marca. Cores, tipografia, elementos gráficos, estilo de imagens e até motion design precisam estar alinhados ao que a marca quer transmitir a partir daquele momento.
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Se a identidade visual mostra quem você é, o tom de voz diz como você se expressa. Um rebranding bem feito revisita a linguagem da marca, seja nos textos do site, nas redes sociais, em campanhas ou no atendimento.
Essa comunicação precisa ser coerente com o novo posicionamento: mais descontraída, mais institucional, mais inovadora ou mais próxima, dependendo dos objetivos da mudança.
O rebranding precisa ser ancorado em uma narrativa clara. Por que sua marca mudou? O que motivou essa evolução? Como essa transformação impacta seus clientes e parceiros? Ter uma história bem estruturada não só ajuda a gerar compreensão, mas também cria conexão emocional, engajamento e legitimidade para a nova fase.
Existem diversos exemplos de marcas que passaram por rebranding de forma estratégica e colheram excelentes resultados, não apenas em percepção, mas também em crescimento, expansão e conexão com novos públicos como:
A Globo é um ótimo exemplo nacional. Nos últimos anos, a empresa passou por um rebranding que foi muito além do logo. A transformação foi pensada para refletir a evolução de uma emissora tradicional para um ecossistema de conteúdo multiplataforma.
Isso incluiu mudanças na identidade visual, adoção de uma paleta mais digital, tipografia moderna e, principalmente, uma narrativa que reforça inovação, proximidade e diversidade. A evolução do Globoplay, com uma comunicação muito mais jovem e digital, faz parte desse movimento.
A Natura realizou um rebranding que alinhou seu visual a um posicionamento mais sustentável, sensorial e global. A marca atualizou sua identidade visual, deixando-a mais minimalista, limpa e com foco no natural.
Essa mudança veio acompanhada de uma comunicação muito mais centrada no impacto socioambiental, no bem-estar e no autocuidado; valores que já faziam parte da essência da empresa, mas ganharam mais força e visibilidade.
Esses exemplos mostram que o rebranding, quando bem executado, fortalece o posicionamento, melhorando a percepção da marca e gerando uma conexão mais forte com o público e com o contexto atual.
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Como já vimos, o rebranding não é sobre deixar uma marca irreconhecível, nem sobre mudar por modismo. É, na verdade, uma ferramenta estratégica para empresas que entendem que evolução é parte fundamental de se manter relevante, competitivo e conectado com o mercado e com seus clientes.
E se sua empresa está vivendo esse momento de transformação, a Indexnet pode te ajudar. Desenvolvemos projetos completos de rebranding, alinhando estratégia, identidade visual, tom de voz e posicionamento, sempre com foco em gerar valor e conexão real com o seu público.
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